Pedagogicamente, delimita-se como cego aquele que, mesmo possuindo subvisão, necessita aprender Braile (sistema de escrita por pontos em relevo) e como portador de subvisão aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos. Estas pessoas requerem educação por meio de métodos que não impliquem o uso da visão. A criança cega deve iniciar a aprendizagem do Braile logo que entra para a escola, para que não se sinta diminuída em relação aos companheiros com visão normal, é evidente que o ensino do Braile requer uma pedagogia específica, mas os fins a atingir são iguais aos da aprendizagem da escrita e da leitura.
A criança com deficiência visual é aquela que difere da média a tal ponto que irá necessitar de professores especializados, adaptações curriculares e ou materiais adicionais de ensino, para ajudá-la a atingir um nível de desenvolvimento proporcional às suas capacidades. Os alunos com deficiência visual não constituem um grupo homogêneo, com características comuns de aprendizagem, sendo também, um erro considerá-los como um grupo à parte, uma vez que suas necessidades educacionais básicas são, geralmente as mesmas que as das crianças de visão normal.
A educação da criança com deficiência visual , pode se processar por meio de programas diferentes desenvolvidos em classes especiais, mantidas por escolas especiais, historicamente denominadas de segregadas, ou no ensino integrado, nas salas de recursos, no ensino itinerante ou na classe comum, recebendo apoio do professor especializado. Em qualquer destes programas os objetivos, conteúdos e procedimentos não são essencialmente diferentes da educação comum; tais crianças necessitam de uma boa educação geral, somada a um tipo de educação compatível com seus requisitos especiais, fazendo ou não, uso de materiais ou equipamentos de apoio. A educação da pessoa com deficiência visual, como toda educação especial, necessita de professores especializados nesta área, métodos e técnicas específicas de trabalho, instalações e equipamentos especiais, bem como algumas adaptações ou adições curriculares.
A tendência atual da educação especial, em todo o mundo é manter na escola comum o maior número possível de crianças com Necessidades Educativas Especiais. Aquelas que podem ser educadas num programa regular de ensino, com ou sem serviços suplementares, não devem ser institucionalizadas. Esta posição há muito tempo vem sendo considerada mais desejável, tanto do ponto de vista ético, quanto social e econômico, dessa forma a instituição de ensino se adequa a lei de inclusão que defende esses alunos, já que de acordo com a Constituição Federal de 1988, a Lei 10.845/2004 e outros documentos de políticas públicas para pessoas com deficiência , ressaltam que a educação das crianças com NEE deve ocorrer preferencialmente na rede regular de ensino. O interesse da criança, da família e da comunidade em geral, é melhor atendido quando os programas de educação especial são instalados em escolas locais, proporcionando ao educando o máximo de convivência com outras crianças e pessoas de seu próprio círculo de relações sociais.
LINKS INTERESSANTES:
Nenhum comentário:
Postar um comentário